Só se as palavras forem presenças sentidas, corporais, como ecos ou quedas de água, é que podemos compreender o poder que a linguagem falada tem de influenciar, alterar e transformar o mundo perceptual.
David Abraam
As palavras faladas e os sons vocais são presenças sensíveis activas em relação com paisagens e matéria.
Na continuação da pesquisa do conceito de drama sonoro, donde a escrita dramatúrgica/composicional intenta uma gramática própria que relaciona voz, corpo, espaço, som e ficção, mergulhamos em NU#01 numa instalação-performance que relaciona a acústica da sala com uma concha acústica construída a partir de chapas de offset.
Indagaremos sobre fonte emissora e eco, impressão e opressão, paisagem e corpo, floresta e cosmos, natura e cultura, encontrando neste dispositivo cénico e nas várias vozes que o animam lugar para imersão, para a subversão até que a emersão nos aconteça.
Apresentação no âmbito da programação de “Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade”, uma proposta do Jazz ao Centro Clube em coorganização com a Câmara Municipal de Coimbra / Convento São Francisco.
Download de desdobrável digital — NU#01 | Toponímia
Direção Artística e Composição Sonora de dispositivo tecnológico: Rodrigo Malvar
Direção Artística, Dramaturgia e Interpretação: Catarina Lacerda
Composição Musical: Filipe Lopes
Cenografia: Filipe Tootill
Desenho de luz: João Abreu
Vídeo Promocional: Miguel F
Comunicação: Patrícia Barbosa
Produção Executiva: Natasha Bulha Costa
Produção: Teatro do Frio
Inauguração: 11 de julho 2020
Exposição: 11 de Julho a 6 de setembro 2020
Performance: 5 de setembro 2020